quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Outra crise midiática

Jornalismo febril

Mário Magalhães

"Se crianças começam a assuntar sobre a vacinação contra a febre amarela, é sinal de que o temor da doença -e da injeção- se disseminou.

Não é para menos: no princípio do ano, parcela expressiva do jornalismo sugeriu que o mal ameaça o país. A Folha não ficou de fora. Como se vê ao lado, do dia 8 até a quinta-feira passada o assunto ganhou espaço na primeira página, 14 presenças em 17 dias.

Há mesmo interesse público em saber que houve contaminação em áreas rurais. A morte em decorrência de picada de mosquito na floresta é tão trágica como a de alguém infectado nas cidades.

Acontece que desde 1942 não se conhece no Brasil transmissão de febre amarela em reduto urbano. A informação foi veiculada, mas o tom predominante, mostram os títulos da capa, foi o de escalada.

Sob uma manchete, o jornal relativizou a opinião do ministro da Saúde: "No dia em que o número de notificações de casos suspeitos de febre amarela no país subiu de 15 para 24, (...) José Gomes Temporão foi à TV fazer um pronunciamento (...) para dizer que não há risco de epidemia".

Não cabe ao jornalismo sabujar autoridades, mas não é seu papel alarmar. Quando consultou quem entende, a Folha prestou bons serviços.

Texto completo disponível em:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=470VOZ001


Comentário: Em vez de criar uma nova crise, a mídia não deveria ter sido mais didática nesse episódio, esclarecendo as dúvidas sobre quem realmente deveria tomar a vacina contra a febre amarela? Já existem casos de pessoas que foram internadas por complicações causadas por alguma reação à vacina. Por isso, criar pânico com saúde pública é uma grande irresponsabilidade.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Alguém feliz com a mídia brasileira...

Elite brasileira acredita mais na mídia


Vinte e cinco por cento da população brasileira com maior renda familiar têm mais confiança na mídia (64%) do que em empresas (61%), ongs (51%), instituições religiosas (48%) ou até mesmo em seu próprio governo. Os dados fazem parte do Estudo Anual de Confiança da Edelman, empresa de relações públicas. Segundo o levantamento, o Brasil é o terceiro país onde a imprensa tem maior índice de credibilidade, ficando atrás apenas do México (66%) e da Índia (65%).

A pesquisa ouviu 3.100 entrevistados entre 35 e 64 anos, com formação superior e renda familiar entre as 25% maiores de seus países. Considerado um estudo entre líderes de opinião, por parte da consultoria, a pesquisa abrangeu 18 países, como China, Irlanda, Rússia, Estados Unidos, Índia, França, Espanha e Brasil (...)

Fonte: Comunique-se


Pergunta: Será que a elite brasileira acredita na mídia por causa de sua credibilidade ou simplesmente por reproduzir o pensamento de seu grupo?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Baixaria na TV - Ranking 2007


O quadro acima mostra o número de denúncias recebidas pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados contra programas da TV brasileira.

Eis a pergunta, será que o BBB (Rede Globo) conquistará o bicampeonato da baixaria na TV?

Vale lembrar que para denunciar um programa que fere a dignidade humana, basta entrar no site http://www.eticanatv.org.br/ ou pelo telefone 0800-619-619.



quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Apresentação


Vem aí a Oficina de Mídia Cidadã. Aguarde...



Historicamente, ter voz no Brasil sempre foi um privilégio de poucos, apesar de ser um direito assegurado a todos pela Constituição Federal. A concentração da mídia nas mãos de alguns coronéis da comunicação ajudou a manipular eleições, criar consensos, impor costumes, enfim, ditar os rumos da vida política e social do país.

Diante dessa realidade, é preciso criar espaços alternativos de comunicação, democratizando a informação. Assim, enquanto não começa a Oficina, que tal lançar um olhar crítico sobre a mídia brasileira. O que anda escutando no rádio, assistindo na TV, lendo no jornal ou acessando na internet? Então, solte o verbo, aqui é o seu espaço! Um dos objetivos do blog é discutir os meios de comunicação.

Bom, quem começa???

Michel Carvalho
Coordenador da Oficina de Mídia Cidadã