segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os melhores estrangeiros do ano



A Pele que Habito: Almodóvar se reinventa nesse filme que mistura suspense, terror e ficção-científica. É lógico que não falta o lado sádico e grotesco do cineasta espanhol. Ao final da sessão, o sentimento é de perturbação e perplexidade. Até Antonio Banderas convence como o médico cirurgião alucinado.

Cisne Negro: Um thriller psicológico que consagrou Natalie Portman com o Oscar de Melhor Atriz. A intensidade com que vive os dramas da jovem bailarina é emocionante. Eu imaginei que se tratava só de uma história sobre um espetáculo de balé, mas me surpreendi com o resultado, é de perder o fôlego mesmo.

Incêndios: Esse filme canadense foi indicado ao Oscar de Melhor Estrangeiro. Conta a jornada de dois irmãos em busca do pai e de um irmão. Trata-se de uma história de reviravoltas, com um desfecho surpreendente. Destaque para o roteiro envolvente.

Melancolia: Dividido em duas partes, o filme do polêmico Lars Von Trier conta a história das irmãs Justine e Claire. Na primeira, o público até fica entediado, sem entender muito bem o que está rolando. Já na segunda, grandes atuações e uma linda fotografia. A última cena entra para o rol das imagens históricas do cinema.

Em um Mundo Melhor: O mundo cruel e complexo dos adultos sob olhar de dois garotos. Uma história aparentemente simples, mas que desperta muitas reflexões. Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Biutiful:  O diretor Iñárritu novamente aposta numa história multicultural. Indicado ao Oscar de Melhor Ator, Javier Bardem vive um pai sensitivo e amoroso, marcado pela desolação e pela dor. Toca num assunto delicado que é a imigração ilegal.

O Vencedor: A história verídica de um boxeador campeão, que enfrentou vários conflitos até o estrelato. Christian Bale mereceu o Oscar de Melhor Ator Coadjuante pelo papel de Dicky, ex-lutador drogado que se torna treinador do irmão, causando-lhe muitos problemas. Os conflitos familiares são o auge do filme.

Confiar: O diretor tem o mérito em tocar num tema muito contemporâneo: pedofilia na internet. Destaque para a fantástica interpretação de Clive Owen, que encarna o pai da garota violentada.

127 Horas: Trilha sonora e fotografia empolgantes. O filme narra a trágica saga do alpinista Aaron Ralston que acabou amputando o braço para sobreviver. Em seu melhor papel, James Franco faz a dor transcender a tela.

O Garoto da Bicicleta: Apesar de superestimado pela crítica especialista, o filme é um bálsamo. O interdiscurso, ou seja, o não dito é o grande destaque da história. Menino abandonado pelo pai tenta aprender o que é o amor.

***

Para você, qual a maior injustiça dessa lista?


***

2 comentários:

Nádia disse...

Muito boa sua lista, em especial pelo filme Cisne Negro que surpreende positivamente.

AF Sturt Silva disse...

O que acho foda e trazer essas produções da tv para o cinema. Ou seja, coube ao cinema mostrar o que tv não mostra. Generalizando: na tv aparece neblon, zona sul do RJ, Miami e etc.E no cinema é Cicade de Deus, pereferia do nordeste, prostituição na Amazônia e etc.Agora querem tirar essa crítica social do cimena e enviar essas fitilidades da Tv?

Ah mas não tem público,mas também cadê o estado ai para atuar como agente em defesa da democracia, da livre expressão, da cultura popular e diversificada?