A IURD contesta a reportagem da Folha “Universal chega aos 30 anos com império empresarial” publicada em de 15 de dezembro de 2007. Um dos trechos que mais revoltaram os líderes da igreja é o seguinte: “Uma hipótese é que os dízimos dos fiéis sejam esquentados em paraísos fiscais”. A jornalista poderia ter sido mais cuidadosa ao levantar essa possibilidade sem provas consistentes.
Os fiéis também se sentiram ofendidos pelo jornal carioca que utilizou termos pejorativos ao se referir à IURD. Em uma das matérias, o título era “Seita montou um império diversificado”. A reportagem levanta suspeitas sobre os negócios dos bispos da igreja.
O Domingo Espetacular ainda entrevistou juristas e especialistas em religião para confirmar o caráter preconceituoso das matérias dos jornais. O fato de a Rede Record pertencer ao bispo Edir Macedo da IURD é relevante quando se pensa em isenção jornalística. Na reportagem, ninguém contrário às ações dos fiéis foi ouvido. A opinião da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) e de outras entidades deveriam constar na matéria.
A Folha respondeu às ações com o editorial "Intimidação e má-fé" na capa do dia 19. O ombudsman do jornal comentou em sua coluna diária que o veículo “reage a um modelo de ataque ao jornalismo que, se vingar, restringirá a liberdade de imprensa no país”. Nessa mesma edição, uma página foi dedicada à cobertura, com o título principal "Universal quer intimidar, dizem entidades".
Quem perde nesse embate entre os jornais e a igreja Universal é o cidadão que acaba recebendo uma informação contaminada e tendenciosa. Para se ter uma idéia da confusão, o jornal O Globo é da família Marinho que também é dona da emissora que a Rede Record do bispo Macedo tenta alcançar. Assim, qualquer matéria veiculada por esses veículos terá sua credibilidade questionada.
Michel Carvalho
Jornalista e Educador
3 comentários:
Fiquei muito constrangida com esta reportagem, pois além de ser extremamente tendenciosa, me chocou ver um jornalista como Paulo Henrique Amorim participando deste assunto sem nenhuma Imparcialidade !!
Nesse sentido, o Paulo Henrique Amorim está sendo mais um funcionário cumprindo às ordens da chefia.
Porque a IURD incomoda tanto? O que a mídia tem a ver com o crescimento da igreja? Por que usar termos claramente pejorativos para se referir a uma instituição religiosa com tantos membros em todo o Brasil? Será que com outra instituição, mesmo que não religiosa, a reação e o tratamento seriam diferentes? É para se pensar.
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