É evidente o conflito de interesses. Como um jornal pode vender um quarto de sua capa para divulgar a versão de uma empresa investigada? A questão ética, inerente à atividade jornalística, não fica comprometida com esse tipo de informe publicitário? Quando o departamento comercial fala mais alto dentro de um jornal, a credibilidade fica abalada. Um anúncio como este da Camargo Corrêa deve ter sido negociado diretamente com a chefia desses veículos e custado muita grana.
Outro problema é que os informes publicitários costumam se confundir com notícia, principalmente para aqueles leitores mais desatentos. Alguns podem até concluir que a versão da empresa é verdadeira porque saiu na capa de um grande jornal. Por isso, qualquer informação veiculada daqui para frente no Estado e na Folha estará sob suspeição, apesar da suposta neutralidade das redações.
2 comentários:
Mesmo porque dinheiro não é problema pra empreiteira em questão...
Eu acho que este caso não deixou a menor dúvida de quanto a mídia pode não ser imparcial!
Pelo menos este caso pode abrir os olhos e ouvidos para quem acredita em tudo que lê e ouve...
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