segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Propagandas 'fofas', mas indecentes




Do Instituto Alana


Por que meu filho sempre me pede um brinquedo novo? Por que minha filha quer mais uma boneca se ela já tem uma caixa cheia de bonecas? Por que meu filho acha que precisa de mais um tênis? Por que eu comprei maquiagem para minha filha se ela só tem cinco anos? Por que meu filho sofre tanto se ele não tem o último modelo de um celular? Por que eu não consigo dizer não? Ele pede, eu compro e mesmo assim meu filho sempre quer mais. De onde vem este desejo constante de consumo?


Ninguém nasce consumista. O consumismo é uma ideologia, um hábito mental que se tornou umas das características culturais mais marcantes da sociedade atual. Não importa o gênero, a faixa etária, a nacionalidade, a crença ou o poder aquisitivo.


As crianças, ainda em pleno desenvolvimento e, portanto, mais vulneráveis que os adultos, não ficam fora dessa lógica e sofrem cada vez mais cedo as graves conseqüências relacionadas aos excessos do consumismo: obesidade infantil, erotização precoce, consumo precoce de tabaco e álcool, estresse familiar, banalização da agressividade e violência, entre outras.


Segundo o documentário “Criança: a alma do negócio”, o resultado desse comportamento consumista compulsivo é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes.


Clique aqui para conhecer o projeto que pretende acabar com a propaganda infantil

9 comentários:

Fernanda Alves disse...

Realmente é isso que acontece. A mídia é capaz de modelar essa "imagem dos produtos"nas cabeças das crianças. Isso pode se tornar um problema. Já escrevi algo a respeito sobre a força da mídia nos pensamentos das pessoas, é um tema muito denso!
Parabéns!

Anônimo disse...

As propagandas tem o poder de despertar o desejo, mas não são as únicas.Acho que essa questão vai além, o estímulo vem muitas vezes dos próprios pais, por exemplo. Para mim, o poder da mídia é relativo, vai de quanto você se deixa ser levado por alguém e nisso as crianças são muito mias sensíveis.

BcGuedes disse...

Muito boa definição do consumismo na modernidade. Lembrando de Milton Santos, é esse o consumismo que levará as crianças de hoje aos comportamentos individualistas de amanhã, ao narcisismo e ao emagrecimento moral do ser humano.

Abraços.

Michel Carvalho disse...

Parabéns pelos comentários...Creio que a sociedade deve lutar pela aprovação desse projeto que coíbe esse tipo de propaganda que estimula o consumo infantil e se aproveita da falta de julgamento e experiência da criança.

Unknown disse...

a mídia a proveita que toda criança é fácil de se influenciar, e qualquer coisa que veem na TV eles querem acredito que tentar acbar com esse tipo de comercial não é preciso, cabe a cada pai ensinar para suas crianças a respeito de consumismo, e faze-las entender o sentido da palavra NÃO!

xD

é o que eu acho!

Euzer Lopes disse...

Olha... Esse consumismo da mídia existe, sim, porque as empresas precisam vender.
Mas no caso de crianças, existe uma coisa dentro de casa, ou melhor duas, chamadas PAI e MÃE.
Cabe a eles explicarem aquilo à criança e serem moderados no que permitir.

joão victor borges disse...

é isso mesmo que acontece. e a banalização chega a ser tão grande que eu tenho vergonha de dizer que já vi crianças com menos de 6 anos vestindo vestidos 'longos' e salto alto ¬¬

legal a sua visão além da propaganda, parabéns.

http://anpulheta.blogspot.com

Pedro Martins disse...

Mandou bem em colocar um exemplo de propaganda para ilustrar o texto. A publicidade utiliza-se de uma linguagem extremamente sedutora e apelativa para penetrar na mente dos consumidores.

Um abraço,

Ygor disse...

A propaganda infantil é sem dúvida um mal principalmente na televisão, mas os pais tem de reaprender a dizer NÃO e explicar o porquê desse não. Seria uma oportunidade dos pais incutirem seus valores contra o consumismo na criança.
Proibir essas propagandas seria apenas o adiamento desse assédio publicitário a essas crianças.
Por outro lado, a chacota dos amigos que seguem à moda pode ser cruel... é complicado