sábado, 14 de agosto de 2010

Por que a Globo tenta disfarçar seu apoio?

Primeiro, foi a vinheta em comemoração aos 45 anos da emissora que tinha como mote o mesmo slogan da campanha tucana, "O Brasil pode mais". Depois de muitas críticas nas redes socias, a TV da família Marinho retirou a vinheta em nome de sua "imparcialidade".



Na última semana, a TV Globo acusou o golpe novamente e se viu obrigada a divulgar uma nota oficial (ver abaixo) rebatendo as críticas em relação às entrevistas realizadas com os candidatos a presidente no Jornal Nacional. A nota é, no mínimo, patética, ao tentar reafirmar sua "neutralidade".

Desde 2002, as entrevistas têm o mesmo tom, com todos os candidatos. Neste ano, não foi diferente. Basta comparar as entrevistas dos três candidatos, pergunta por pergunta, para perceber que tiverem o mesmo grau de dificuldade.
Apesar disso, militantes do PT reclamaram da entrevista de Dilma, militantes do PV reclamaram da entrevista de Marina e militantes do PSDB reclamaram da entrevista de Serra. Até nisso, houve equilíbrio.
A candidata do PT Dilma Rousseff disse à equipe do “Jornal Nacional”, depois da entrevista, que se sentiu muito bem tratada e que a entrevista foi como deveria ter sido. Marina Silva e José Serra também fizeram comentários semelhantes.
O papel do jornalismo da TV Globo não é agradar a partidos nem a candidatos, sejam quais forem, mas tentar esclarecer questões importantes para que os eleitores possam decidir melhor.

Mas apesar de toda essa tentativa de isenção, a família Marinho tem um lado a defender,  isso fica evidente na capa da revista Época desse fim de semana. A reportagem sobre o passado da ex-ministra Dilma deve reforçar o discurso da oposição e pautar o noticiário dos veículos globais.

Será que não está na hora de deixar claro em editorial a preferência política das Organizações Globo? A Carta Capital fez isso recentemente, aliás, essa transparência é tradição na imprensa norte-americana. A manipulação disfarçada de imparcialidade é um atentado contra a democracia, mas pensando bem, essa tática eleitoral já não convence como em outros tempos, afinal, o povo não é bobo...(quem sabe, completa)


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