domingo, 18 de maio de 2008

A cor da mídia


Alguns dados para reflexão:
  • Segundo pesquisa do IBOPE com o Instituto Ethos, realizado em 2007, apenas 3,5% dos cargos de chefia são de negros. Ainda de acordo com o estudo, o índice de negras executivas não passa de 0,5%;
  • Salário de brancos e negros deve se igualar somente daqui a 32 anos, diz pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada);
  • De acordo com o Dieese, negros ganham, em média, 50 % menos do que demais trabalhadores;
  • 70% da população miserável do país é negra;
  • A taxa de analfabetismo entre a população negra de 15 anos de idade ou mais é o dobro em relação às pessoas brancas.

Esses são apenas alguns números da estrutura excludente baseada na cor da pele perpetuada no Brasil. Será que essa realidade discriminatória não é reproduzida também pelos meios de comunicação? Sendo 49,5% da população brasileira, os negros não deveriam ocupar mais espaço na mídia? Após 120 anos da abolição da escravatura no país, porque a questão da igualdade racial não é aprofundada pela imprensa? Por que a maioria dos comunicadores e dos formadores de opinião pública é branca?

É preciso tocar nas feridas para cicatrizá-las...

Um comentário:

Anônimo disse...

É a herança podre do período colonial. Como sociedade, a gente se desenvolve em diversos apectos, mas a lepra da hipocrisia ainda continua fedendo como sempre. Quando digo a gente, falo de um problema nosso, pq tdo qto nossos formadores de opinião e intelectuais fazem ou dizem, reflete diretamente em toda sociedade, da qual faço parte tb.