Acabei de ler Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, e o sentimento é que de fato somos cegos que vêem. Vemos, mas não enxergamos o mundo e as pessoas como são realmente. A cegueira metafórica do livro nos angustia por mostrar o ser humano no seu estado natural, ou melhor, selvagem, sem regras de civilidade. O caos faz o homem ser tão animal como qualquer outra espécie. Essa realidade não está tão longe dos centros urbanos, onde uma simples discussão de trânsito pode acabar em morte.
Toda essa reflexão só aumenta a ansiedade em torno do filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Adaptar Ensaio sobre a Cegueira para o cinema é uma grande responsabilidade. O longa estréia na sexta (dia 12) cercado de muitas expectativas. A maior delas é se a sensação de nó na garganta do livro será reproduzida nas telonas.
Toda essa reflexão só aumenta a ansiedade em torno do filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Adaptar Ensaio sobre a Cegueira para o cinema é uma grande responsabilidade. O longa estréia na sexta (dia 12) cercado de muitas expectativas. A maior delas é se a sensação de nó na garganta do livro será reproduzida nas telonas.
2 comentários:
O filme é muito pertubador e interessante. Mostra o ser humano no seu extremo e do que ele é capaz...
Realmente, o filme é pertubador, principalmente nas cenas em que a tela fica toda escura ou toda branca. Quem leu o livro de Saramago, não vai se decepcionar, afinal, o longa é fiel.
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