Recentemente, um vídeo com cenas de uma menina de 15 anos sendo violentada por três jovens numa festa foi colocado na internet. O caso ocorrido em Joaçaba (SC) chocou tanto pelo estupro como pela audácia dos criminosos em divulgar as imagens na web. Este fato é uma amostra assustadora da "sociedade do espetáculo" em que vivemos.
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A necessidade de exibicionismo marca essa geração conectada que não vive sem celular ou câmera digital. Não basta viajar com amigos, é preciso tirar várias fotos e postá-las no Orkut. Não basta ir ao show de música, tem que registrar a curtição e publicá-la no Youtube. Parece que disponibilizar as imagens na internet é mais importante do que viver o momento em si.
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Nessa concepção, um fato para ter valor de verdade é preciso que seja exibido na web ao alcance de todos. No caso da menina de 15 anos, o grande "lance" para os rapazes não era somente o estupro, mas mostrar ao mundo o que foram capazes de fazer. Essa atitude conta com a audiência de milhares de internautas que agem como verdadeiros voyeurs.
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É preciso criar leis rígidas contra a publicação de imagens e vídeos que promovam qualquer forma de violência. Além disso, os sites deveriam ter maior controle no que se refere ao conteúdo divulgado pelas pessoas. A internet não pode ser um espaço conivente com o crime. Apesar dos holofotes, nem tudo que vai ao ar é espetáculo.
2 comentários:
Esse excesso de tecnologia está beirando à libertinagem. Talvez seja a hora dos pais fiscalizarem melhor a utilização dos recursos tecnológicos por seus filhos... muitos especialistas aconselham, por exemplo, que o computador não fique dentro do quarto do jovem e sim num local visível, de modo a coibir sua má utilização.
O problema não é o "excesso de tecnologia", mas quem a está usando, mesmo. Gente doente sempre existiu e sempre existirá. O que precisamos fazer é reeducar as pessoas.
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