O desafio de democratizar a cultura
Michel Carvalho (*)
Há alguma incompatibilidade entre entretenimento e cultura? Depende do ponto de vista. No Brasil, ainda existe a tendência de fazer da ação cultural um instrumento de lazer para o tempo livre. Essa contradição é explicada em parte pela falta de sensibilidade do Poder Público que continua tratando o tema como supérfluo diante de outras demandas da população. Em tempos de dengue, falar de arte parece escárnio.
Segundo dados do próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em mais de 80% das cidades brasileiras não há órgãos exclusivos para gerir a cultura. Assim, a área é "empurrada" para outras secretarias, como a de educação, de turismo, de esporte ou mesmo de lazer. Esse descaso é agravado por um investimento pífio de menos de 1% do orçamento municipal em ações culturais.
(*) Jornalista e Educador da ONG Educafro
Texto na íntega no site:
http://www.artefatocultural.com.br/portal/index.php?secao=colunistas_completa&subsecao=65&id_noticia=120&colunista=Michel%20Carvalho
4 comentários:
Cultura pra mim é identidade. E a identidade dos nossos governantes é uma só, dinheiro!
Muito bom...só não concordo que o acesso à cultura é inviabilizado por motivos econômicos. Isso não é verdade há muito tempo, e agora somente serve como muleta.
Bom, algumas iniciativas vêm acontecendo para democratizar a cultura,mas reitero que o aspecto financeiro ainda é um obstáculo. Espetáculos teatrais, por exemplo, quando são apresentados na região são muito caros, mesmo com carteira de estudante. Seria bom investir no teatro amador a preços populares, não esquecendo da da divulgação,que costuma ser falha também.
É isso ai Michel, muito bem colocado, disse tdo q eu gostaria de dizer.
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