Defender essa bandeira não significa cooperativismo, manutenção de privilégios, nem atentado à liberdade de expressão. Na verdade, o fortalecimento da categoria contribui para melhorar a qualidade da informação veiculada nos meios de comunicação.
O que deveria ser discutido no momento é a reformulação da grade curricular dos cursos de jornalismo com a inserção de novas disciplinas. As universidades precisam formar profissionais sintonizados com as novas tecnologias, mas sem abrir mão da formação teórica, prática e ética .
Os contrários à obrigatoriedade do diploma querem a precarização do jornalismo. É inaceitável ver ex-BBBs, atores, atletas ou outros profissionais trabalhando como jornalistas sem a formação adequada. O direito à comunicação passa pela questão da responsabilidade. Por isso, nem todo mundo pode assinar uma matéria de interesse público.
2 comentários:
salve, michel.. parabéns pelo blogue. tenho acompanhado e você tem pautado questões fundamentais..
para jogar lenha na fogueira, tenho que discordar com a afirmação de que quem é contra o diploma é a favor da precarização do jornalismo. o corporativismo é cruel e a nossa profissão se transforma. nossa, porque mesmo não sendo jornalista com diploma sou jornalista por opção. o jornalista talvez tenha que se transformar em alguma coisa não muito diferente, e o jeito de viver da profissão deve exigir novos caminhos. mas o jornalismo (técnica de reflexão, de contar histórias, sobre os conflitos da sociedade) tende apenas a ser apropriado por mais pessoas. isso significa diálogo e diversidade..
e concordo que o mais importante no debate é a reformulação das escolas de comunicação. você diz que "o que deveria ser discutido no momento é a reformulação da grade curricular dos cursos de jornalismo com a inserção de novas disciplinas". e está. o mec está com consulta pública aberta: http://yoda.jor.br/diretrizes-curriculares-e-caminhos-do-jornalsmo/
e onde está a fenaj debatendo com os profissionais e com a academia isso? e onde estão os profissionais, pois não estão nos sindicatos? e quando é que o sindicato dos jornalistas vai me aceitar como sindicalizado?
grande abraço, yoda..
Salve Yoda,
Concordo com vc no que se refere à omissão da FENAJ e outras entidades em algumas questões que norteiam a nossa profissão. Já quanto ao diploma, defendo a sua obrigatoriedade, não pelo que ele significa em si, mas por assegurar que aquele profissional teve uma formação, ou pelo menos deveria, técnica, reflexiva e ética. Muitos figurões da imprensa se intitulam formadores de opinião, mesmo sem terem tido essa base, tão fundamental para quem trabalha com comunicação.
Um abração e continue na luta.
Michel
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