domingo, 28 de dezembro de 2008
Top 10 Cinema Nacional
1- Estômago
2- Linha de Passe
3- Nome Próprio
4- Ensaio sobre a Cegueira
5- Chega de Saudade
6- O Signo da Cidade
7- Vingança
8- Meu nome não é Jhonny
9- Última Parada 174
10- Feliz Natal
Concorda? Algum filme ficou de fora? Então, deixe seu comentário!
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
A "imparcialidade" da Veja
O inquérito está nas mãos da Justiça, que analisa o pedido de prorrogação feito pelos delegados Rômulo Berredo e William Morad. A tendência é que a investigação ganhe sobrevida de 30 dias, mas, ainda assim, na PF poucos acreditam que ela chegue aos culpados.
A dificuldade de se comprovar a existência do áudio coloca em dúvida a veracidade da informação divulgada pela revista Veja. A revista, escorada na desculpa do ''sugilo da fonte'', recusa-se a dizer onde e através de quem conseguiu a suposta gravação. Também nega-se a fornecer o original que recebeu.
Diante de tanta relutância, não será surpresa se a investigação da PF concluir que a revista forjou a matéria e mentiu com objetivos inconfessáveis. Não seria a primeira vez que a revista da família Civita seria flagrada mentindo aos seus leitores. Reportagens como a dos dólares cubanos engarrafados e a suposta ajuda do PT às Farc são apenas dois dos casos conhecidos em que a revista usou informações sabidamente falsas para tentar criar fatos políticos.
No caso do suposto grampo no STF, não faltam motivos para a Veja fabricar a matéria. Basta lembrar que foi o ministro Gilmar Mendes quem concedeu, por duas vezes e em prazo recorde, habeas corpus que mantiveram o banqueiro Daniel Dantas longe das grades. O mesmo Daniel Dantas é acusado de subornar jornalistas da grande imprensa para que atuassem a seu favor. Um dos colaboradores da revista Veja, Diogo Mainardi, é apontado como um dos porta-vozes dos interesses de Daniel Dantas na mídia.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Barrigas do ano
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Um filme com a marca do diretor
A grande e única ironia de Feliz Natal, filme de estréia de Selton Mello, é seu título. No longa de estréia do ator e agora diretor sobra melancolia. Um drama familiar que mostra que o passado pode deixar feridas difíceis de serem cicatrizadas. A história que num primeiro momento parece uma crítica à superficialidade das comemorações de final de ano, se revela um ensaio sobre os conflitos das relações humanas.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Programação infantil é precária nas TVs abertas
Laura Mattos
Essa é uma das lacunas da legislação brasileira na proteção da infância e adolescência, de acordo com um estudo realizado pela Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância).O levantamento foi apresentado hoje pelo secretário executivo da instituição, Veet Vivarta, no Fórum Global para Desenvolvimento da Mídia, na Grécia
Por um ano, a Andi mapeou, em 14 países da América Latina, leis e projetos de lei que abordam a relação entre os meios de comunicação e o direito de crianças e adolescentes. Em seguida, comparou com a legislação da Suécia, considerada modelo mundial nessa área, com um sistema regulatório implementado há quase cem anos. Concluiu que, apesar de o continente não viver um "vazio regulatório", não há nada "tão coeso" como na Suécia, principalmente por serem raros na América Latina órgãos reguladores independentes.
No Brasil, além da programação infantil, não há leis que regulamentem o trabalho de menores em meios de comunicação -só a Argentina possui esse tipo de norma. Também não está contemplada na legislação brasileira a publicidade dirigida à criança, como acontece no México e no Paraguai.
O estudo constatou não existir, em nenhum dos 14 países, cotas para exibição de desenhos animados nacionais nem para a garantia de veiculação de produções regionais.
O Brasil se destaca na classificação indicativa dos programas. Recém-implementada, é considerada "a mais completa". Em comum entre os países há o fato de a TV ser o principal meio de informação e de emissoras públicas e educativas serem pouco representativas.
sábado, 6 de dezembro de 2008
A mídia e os direitos humanos
sábado, 29 de novembro de 2008
A comunicação a serviço da solidariedade
Em questões de segundos, um estado soterrado. Milhares de lares destruidos. Mais de cem mortos. Cerca de 80 mil desabrigados. Muitos desaparecidos. Famílias arruinadas. Uma catástrofe com prejuízos incalculáveis. O dilúvio que arrasou Santa Catarina criou um cenário desolador de caos e sofrimento. As imagens da tragédia chocaram tanto a sociedade brasileira que uma grande rede solidária se formou no país para ajudar as vítimas e reconstruir as cidades atingidas. sábado, 22 de novembro de 2008
Um thriller à brasileira
Vingança, do diretor e roteirista Paulo Pons, mostra como fazer cinema com pouco dinheiro no Brasil. Com um modesto orçamento de R$ 80 mil, o longa é uma boa opção frente aos blockbusters. Câmera nervosa, história intrigante e elenco afinado são elementos que minimizam qualquer problema de produção.A história começa numa cidade do interior do Rio Grande do Sul onde a jovem Camila (Barbara Borges) é violentada. Ela é uma lembrança viva na cabeça de Miguel (Erom Cordeiro), um enigmático rapaz que chega ao Rio de Janeiro e inicia um relacão inusitada com a espevitada Cris (Branca Messina), irmã de Bruno (Marcio Kieling), que passa férias na capital carioca e guarda um grande segrado.
As atuações dos protagonistas surpreendem. Erom se destaca pelo olhar melancólico e misterioso. Branca por sua naturalidade e doçura. Já Bárbara, convence em suas cenas de intensa dramaticidade. José de Abreu faz uma pequena, mas marcante participação como o pai da menina estrupada. Um legítimo gaúcho, querendo lavar a honra da filha com sangue.
Se Vingança tem uma trama envolvente e bem construída, o desfecho é um pouco frustrante, mas não a ponto de comprometer o filme. Alternando momentos de suspense e de sonolência, o longa está seguramente entre as melhores produções nacionais do ano, justificando a indicação ao Festival de Gramado.
Vingança é fruto do programa Pax/Riofilme para longas de baixo orçamento que prevê a realização de mais três trabalhos. Mas pouco dinheiro significa dificuldades com divulgação. Lançado somente em 12 salas de exibição, o filme de Paulo Pons conta apenas com a propaganda boca-a-boca e a internet para levar o público ao cinema.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
De que consciência estamos falando?
sábado, 15 de novembro de 2008
Uma exibição que não é brincadeira
sábado, 8 de novembro de 2008
A cor da discórdia
Moreno. Mulato. Preto. Mestiço. Afinal, como pode ser definido o presidente eleito dos EUA, Barack Obama? Filho de um queniano negro de origem muçulmana e uma norte-americana branca, o novo homem forte da Casa Branca causa polêmica quando o assunto é a sua etnia.O sociólogo Demétrio Magnoli comenta que a imprensa errou ao estampar a manchete "Eleito o primeiro presidente negro dos EUA". Segundo ele, o democrata se apresentou como candidato pós-racial. É verdade que mesmo convivendo com o preconceito na infância e na juventude, Obama não compartilha dos mesmos ideais do reverendo Jesse Jackson, líder americano dos direitos civis, defensor de ações reparatórias.
Em nenhum momento da campanha presidencial, Obama se colocou como candidato negro. Até porque esse posicionamento poderia afugentar o voto de 85% do eleitorado norte-americano que é branco. O democrata não defende bandeiras históricas e exclusivas da população negra. Não costuma falar de raça nem de cotas.
As referências de alguns chefes de Estado a Obama também são curiosas. O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou que ele é "bonito, jovem e bronzeado". Já Hugo Chavez, presidente da Venezuela, disse esperar que "a eleição de um afrodescendente marque o início de novas relações com Washington".
Mesmo criado por brancos, formado em uma instituição como Harvard, é inegável que a cor da pele de Obama é negra. Mais clara, menos escura, não interessa. Este é o seu fenótipo. A manchete dos jornais está correta. No entanto, ele parece acima dessa questão étnica. Apesar de simbólica, sua vitória representa mais um avanço da democracia do que a ascensão de um povo.
Independente de ser negro ou não, o novo presidente dos EUA já entrou para a história como um fenômeno mundial, de Wall Street à Nairóbi passando por Tóquio. Ele hoje encarna a figura do salvador, aquele que pode acabar com o colapso financeiro, retirar as tropas americanas do Iraque e, quem sabe, revogar o embargo à Cuba. Agora é torcer para que essa expectativa não seja frustrada.
sábado, 1 de novembro de 2008
Somos uma nação colonizada?
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Uma história requentada
Para emplacar, Última Parada 174 de Bruno Barreto tem que superar três grandes desafios. O primeiro é convencer o público que não se trata de mais um longa do gênero “favela movie”. O segundo é contar uma nova história de um tragédia amplamente conhecida. O último, e não menos complicado, é justificar a sua escolha para representar o país na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Clique aqui para ler na íntegra
terça-feira, 21 de outubro de 2008
A tragédia e o espetáculo midiático
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A mídia paulistana é anti-PT?
“Você sabe mesmo quem é o Kassab?
Sabe de onde ele veio?
Qual a história do seu partido?
De quem foi secretário e braço direito?
De quem esteve sempre ao lado, desde que começou na política?
Se já teve problemas com a justiça?
Se melhorou de vida depois da política?
É casado? Tem filhos?
Já que ele não informa nada, não é mais prudente se informar melhor sobre ele?"
As perguntas em negrito fazem alusão à homossexualidade? Sinceramente, acho que não. Mas a maioria dos formadores de opinião considera que esse tipo de questionamento veiculado na propaganda eleitoral da candidata Marta Suplicy (PT) tem conotação discriminatória.
A mídia, que até agora disfarçava sua predileção, escancarou seu posionamento depois do polêmico comercial. Os jornais e sites repercutem o caso incansavelmente, entrevistando grupos GLBTT, políticos e sociólogos a fim de comprovar a tese que a campanha petista foi preconceituosa ao levantar tais insinuações. A imprensa em geral adotou um discurso que vitimiza o prefeito e condena a ex-ministra.
Realmente, ser casado e ter filhos são informações irrelevantes se forem comparadas com a trajetória política de cada candidato. Creio que essas perguntas de ordem pessoal mostram mais o nível de desconhecimento do eleitor em relação ao atual prefeito do que dúvidas quanto a sua opção sexual. Essa polêmica tomou conta do debate programático, esvaziando qualquer análise aprofundada das propostas dos candidatos para as áreas da saúde, educação, transporte, cultura, entre outras. Isso acaba favorecendo quem está na frente das pesquisas, no caso Kassab.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Uma crise difícil de entender
O mundo está assustado com a crise que atinge todos os mercados financeiros. Nunca se ouviu falar tanto de commodities, circuit-breaks, câmbio, risco-país, Nasdaq, Dow Jones, entre outros termos. Para explicar o fenômeno que está derrubando as bolsas, a mídia abusa do economês, confundindo a maioria das pessoas, que não faz idéia do significado dos gráficos mostrados na TV e nos jornais.sábado, 4 de outubro de 2008
Além da grande mídia (*)
Brasil de Fato é uma publicação de esquerda que a cada semana trata de vários temas centrais e atuais no debate político. Serve como um desinfetante contra a mídia que está do outro lado, o lado patronal, o lado do capitalismo, seja ele financeiro, industrial, comercial, nacional ou internacional. É uma publicação plural que abriga, em suas fileiras, desde bispos a tradicionais comunistas de vários partidos: do PCB, PCdoB, PSTU, PSOL, PT, PDT ao PSB. Reúne desde ativistas militantes de vários movimentos sociais, com destaque para o MST, que é a alma do semanário, a renomados professores, comunicadores e cientistas políticos. Dele participam ativistas ambientalistas, feministas, lutadores pelos direitos humanos e, especificamente, o direito de os trabalhadores construírem sua sociedade.
O fio condutor do Brasil de Fato é a construção de outra sociedade, com nome e sobrenome: uma sociedade socialista. Uma alternativa a esta sociedade capitalista neoliberal.
CartaCapital não é uma revista de nenhum grupo ou partido de esquerda. Definiria como uma revista social-democrata assumida. Como tal, não aceita a sociedade e as injustiças por ela produzidas. Combate e apresenta sempre outra versão da comunicação truncada, distorcida ou simplesmente falsificada que a sociedade produz para se sustentar. Com extrema clareza e coragem, fustiga o sistema e seu aparato de divulgação e sustentação ideológica, a mídia. Sua marca, até hoje, tem sido a independência e a distância do poder. É riquíssima em informações, dados e fatos que só ela conhece, investiga e publica, sem medo. É uma ferramenta essencial para quem quer agir e mudar este mundo.
Essas três publicações não podem faltar na bolsa, sacola, mesa ou nas mãos de todo lutador por uma nova sociedade. Ler estes três veículos não é uma opção. É uma condenação. Sem eles é como brincar de cabra cega. Em tempo: essa condenação é um enorme prazer, como o nascer do sol após uma noite sem lua.
(*) Por Vito Giannotti, no Boletim do Núcleo Piratininga de Comunicação
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Quando a simplicidade emociona

sexta-feira, 19 de setembro de 2008
A farsa da imparcialidade nas eleições
Os principais jornais norte-americanos já adotavam esta prática havia muito tempo, declarando apoio explícito a um ou outro candidato, mas aqui no Brasil foi um espanto. Apesar da minha declaração de voto, Lula ficaria em terceiro ou quarto lugar(*). Jornalistas não são tão influentes, como muitas vezes pensam os chamados formadores de opinião, mas também têm o direito de revelar suas preferências a exemplo de qualquer cidadão.
A duas semanas das eleições municipais de 2008, os repórteres já não sofrem tantas pressões e cobranças como no tempo dos “luas pretas”(**). A democracia faz parte da nossa rotina e não há motivos para fazer de conta que somos apartidários, imparciais, neutros, meros observadores da campanha que entra em sua reta final. (...)
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
A mídia nos tempos da sustentabilidade
Nos últimos anos, a agenda ambiental vem ganhando espaço na pauta da mídia. Mas questões como desenvolvimento sustentável, consumo consciente, aquecimento global, desmatamento, entre outras, estão sendo devidamente abordadas? O que se observa é que o tratamento da imprensa sobre esses assuntos oscila entre o alarmismo, a superficialidade e a falta de contextualização.quarta-feira, 10 de setembro de 2008
A cegueira nossa de cada dia
Acabei de ler Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, e o sentimento é que de fato somos cegos que vêem. Vemos, mas não enxergamos o mundo e as pessoas como são realmente. A cegueira metafórica do livro nos angustia por mostrar o ser humano no seu estado natural, ou melhor, selvagem, sem regras de civilidade. O caos faz o homem ser tão animal como qualquer outra espécie. Essa realidade não está tão longe dos centros urbanos, onde uma simples discussão de trânsito pode acabar em morte.Toda essa reflexão só aumenta a ansiedade em torno do filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Adaptar Ensaio sobre a Cegueira para o cinema é uma grande responsabilidade. O longa estréia na sexta (dia 12) cercado de muitas expectativas. A maior delas é se a sensação de nó na garganta do livro será reproduzida nas telonas.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O desafio do cinema tupiniquim
Em abril deste ano, a pesquisa foi aprofundada com um grupo de consumidores, na chamada fase qualitativa.
A pesquisa identificou o que desagrada os espectadores que afirmaram não gostar da produção nacional. O tema dos filmes foi a resposta de 80% dos freqüentadores de cinema.
A segunda resposta mais freqüente (32%) aponta que "os filmes são pornográficos, com baixarias, palavrões, vocabulário vulgar"; 20% acham que "os temas/roteiros não têm conteúdo, começo, meio e fim".
Esse estudo mostra que o cinema nacional ainda precisa superar alguns estereótipos, remanescentes da pornochanchada. Parece que a produção brasileira é monotemática, predominando temas como a criminalidade e a pobreza. Mas, na realidade, essa impressão se deve à cobertura da mídia que prioriza longas com essas histórias.
É inegável que o cinema brasileiro evoluiu muito nos últimos tempos, a maior prova disso é o reconhecimento internacional como recentemente aconteceu nos festivais de Cannes e Berlim. No entanto, isso não garante "casa cheia", nem salas de exibição. O público se acostumou com o padrão hollywoodiano e tem dificuldades de aceitar o experimentalismo e a criatividade de nossas produções.
Num ano de queda, o único filme brasileiro que passou da marca de um milhão de espectadores, foi Meu Nome não é Johnny que estreou nas férias de janeiro e teve uma ampla divulgação da Globo Filmes. Alguns lançamentos previstos ainda para 2008, como Os Desafinados, Linha de Passe, Romance e Última Parada 174, têm potencial para alcançar uma boa bilheteria. Entretanto, se não conseguirem, que, pelo menos, ajudem a mudar esse consenso do público em relação às produções nacionais, afinal, a era da pornochanchada já passou há muito tempo.
sábado, 23 de agosto de 2008
Candidatos pasteurizados
O festival de promessas está de volta. Na última terça-feira, começou o horário eleitoral gratuito na TV e no rádio. De dois em dois anos, a história se repete: planos mirabolantes, discursos demagógicos, "musiquinhas" pegajosas, números superestimados, visuais recauchutados, tudo em nome de uma eficaz estratégia de marketing político para convencer o público.sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Um país conectado
Especialistas estimam que, na virada do ano, metade da população brasileira, ou mais de 90 milhões de indivíduos, terá, de alguma maneira, acesso à internet, seja em casa, no trabalho, no celular, seja em locais públicos. Quando se pensa apenas em usuários domésticos, os números são mais modestos. Pesquisa do Ibope Monitor, que leva em conta apenas as residências, mediu 22,9 milhões de usuários. O Brasil, segundo a ONG norte-americana Internet World Stats, mantém um dos ritmos mais fortes em todo o mundo de crescimento do acesso. Entre 2000 e junho de 2008, o número de novos conectados cresceu 900%.
Uma pesquisa recente do Datafolha contabilizou que 47% dos brasileiros já têm acesso à internet. Há outros dados surpreendentes:
- Somos o país no qual os usuários passam mais tempo conectados por mês. São mais de 22 horas mensais, ante 20 horas da França e 17,5 na Alemanha.
- Brasileiros alavancam febres na internet, como a do Orkut e a do Second Life. Estima-se que 27 milhões de nativos naveguem pelo Orkut, o mais popular site de relacionamentos da rede.
- O Brasil chegou aos 50 milhões de computadores no ambiente doméstico e corporativo, segundo a Fundação Getulio Vargas.
- No último dia 5 de agosto, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgou a previsão de venda de computadores em 2008: 13 milhões de unidades. Com os atuais 50 milhões de máquinas, o País tem uma média de 26 computadores para 100 habitantes, valor superior à média global, de 21 equipamentos para cada centena.
Informações: Revista Carta Capital
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Manifesto pela Conferência Nacional de Comunicação
Esse espaço é de suma importância para que a sociedade discuta e delibere no que diz respeito às políticas públicas e o novo marco regulatório do setor das comunicações no Brasil.
O Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação surgiu oficialmente em junho de 2007, no final do Encontro nacional de Comunicação. Hoje é composto por cerca de 30 entidades da sociedade civil de caráter nacional, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDMH) e pelo Ministério Público Federal.
Sua participação e empenho podem contribuir para o avanço na conquista pela democratização dos meios de comunicação.
Leia a nota oficial do Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação, lançada em 19/03/08, acessando o link http://www.proconferencia.com.br/nossaproposta.htm.
Para assinar, basta seguir os seguintes passos:
1) Acesse o síte http://www.petitiononline.com/pcom2009/
2) Clique no botão: "Click here to Sign Petition"
3) Preencha seus dados
4) Clique no botão: "Preview your signature"
Pronto. Você ajudou na consolidação da democracia brasileira.
Ajude a divulgar o abaixo assinado! Envie para todos da sua lista!
Fonte: Movimento Pró-Conferência Nacional de Comunicação.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Órfãos de heróis

O país está longe de ser uma potência olímpica. Para se ter uma idéia, as marcas alcançadas pelos brasileiros no Pan do Rio são irrelevantes no cenário mundial. Em algumas modalidades, a conquista da vaga já pode ser considerado um grande feito. Sem glamour e nem incentivo, muitos atletas do Brasil chegam aos Jogos apenas para cumprir tabela.
Uma geração de atletas só é formada quando o esporte é atrelado à educação, da pré-escola à universidade. Enquanto essa transformação não acontece, nenhum resultado pode ser exigido, ao contrário, toda participação brasileira em Pequim deve ser comemorada como uma medalha de ouro.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Um retrato bem brasileiro?
A novela A Favorita, de João Emanuel Carneiro, reacende a discussão sobre a questão racial na mídia. O ator Milton Gonçalves vive o corrupto deputado Romildo Rosa. O personagem é a síntese do político brasileiro. Já Taís Araújo interpreta a mimada e fútil Alicia, filha do parlamentar. O núcleo ainda é formado pelo alcoólatra Didu, vivido por Fabrício Boliveira. É evidente que existem negros com essas características na sociedade, mas porque o novelista optou justamente por uma família negra para tal retrato?Clique aqui para ler na íntegra
terça-feira, 29 de julho de 2008
Por um jornalismo de qualidade
Na última sexta-feira (dia 25), foi publicada a portaria nº 342/08 do Ministério do Trabalho e Emprego que institui um grupo de estudos sobre a regulamentação da profissão de jornalistas no Brasil. Uma das pautas será a obrigatoriedade do diploma para a prática jornalística, além da criação de um conselho federal da categoria nos moldes da OAB e do CRM.Em 2004, houve uma grande discussão em torno da criação do conselho. O governo na época recuou porque grandes "medalhões" do jornalismo brasileiro foram contra a proposta, acusando-a de censura. Na verdade, a grande imprensa não tem interesse na implantação de um órgão que irá apontar seus erros e cobrar ética.
A criação desse grupo de estudos sinaliza a necessidade de discutir a precariedade do jornalismo brasileiro. Atualmente, tem modelo, atriz e até participante de reality show fazendo reportagem, fora os ex-jogadores que se julgam cronistas esportivos. Profissionais de outras áreas, sem diploma de jornalista, deveriam, no máximo, trabalhar como colaboradores.
Como se trata de uma iniciativa do governo, esse grupo de estudos pode não resultar em nada. É possível também que os órgãos de imprensa se mobilizem contra novamente, abortando qualquer debate sobre a profissão de jornalista, que cada vez mais se encontra na berlinda.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Será o fim da liberdade na internet?
sexta-feira, 18 de julho de 2008
A história de uma blogueira
SINOPSE Nome Próprio conta a história de uma jovem mulher que dedica a vida à sua paixão, escrever. Camila (Leandra Leal) é intensa, complexa e corajosa. Para ela, o que interessa é construir uma trajetória como ato de afirmação. Sua vida é sua narrativa. Construir uma existência complexa o suficiente para se escrever sobre ela.
Nome próprio é um filme sobre a paixão de Camila. De sua busca por redenção. Quer a literatura como ato de revelação. Para tal, cria vínculos. Carente, os destrói. Por excesso. Por apego. Por paixão.
Nome Próprio é o olhar sobre uma personagem feminina que encara abismos e, disso, retira a força que necessita para existir. Para Camila, a vida floresce das cicatrizes de seu processo de entrega absoluta e vertiginosa.
Veja o trailer:
http://br.youtube.com/watch?v=AIReTYJuPSw
Mais informações do filme:
http://nomepropriofilme.blogspot.com/
Exibido no Espaço Unibanco (Shopping Miramar) com sessões às 19 e 21h30.
Depois eu conto as minhas impressões sobre este filme que promete, pena que estréia na mesma semana do Batman - Cavaleiro das Trevas.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Quando restringir é mais fácil do que fiscalizar

O TSE informa que avaliará cada situação especificamente, deixando claro que falta um marco regulatório para essa nova realidade. A legislação, por exemplo, não diz nada em relação ao uso da internet por terceiros na divulgação de seus candidatos. E as páginas de propaganda eleitoral que já existem no Orkut, serão retiradas do ar? O envio de torpedos pelo celular é outro recurso que não foi regulamentado.
Ao contrário de outros países, o Brasil limitou a internet na campanha eleitoral a fim de evitar o abuso do poder econômico. Em tese, o postulante com mais recursos teria a possibilidade de construir uma grande rede virtual a seu serviço. A resolução Nº 22.718/08 também criou dificuldades para os os candidatos "blogueiros" que não poderão explorar sua atividade junto aos eleitores.
Outra grande incoerência da legislação eleitoral é liberar a divulgação paga de propaganda política na imprensa escrita. Essa possibilidade favorece os candidatos mais ricos que podem pagar por um anúncio na capa de um jornal de grande circulação.
Na realidade, parece que o TSE ainda está confuso quanto à normatização da propaganda política na internet. As novas mídias trouxeram uma grande dor de cabeça para os juízes eleitorais acostumados a julgar abusos somente em jornais, rádios e emissoras de TV.
sábado, 28 de junho de 2008
Jornalismo Colaborativo: Outras vozes no cenário midiático
No entanto, a iniciativa ainda é tímida, sendo pouco explorada pelos internautas. Observando alguns sites de conteúdo colaborativo, como VC no G1 (Globo), Minha Notícia (IG) e VC Repórter (Terra), é possível afirmar que o material enviado se refere sobretudo a flagrantes ou curiosidades. Uma das razões que inviabilizam a participação do público são as regras de uso que censuram algumas notícias.
Os sites de mídia alternativa são uma saída para os internautas que não se conformam com o veto dos portais. O Overmundo e o CMI permitem a publicação de qualquer conteúdo, independente de questões políticas ou comerciais. Outra exemplo de espaço democrático na internet são os blogs que apresentam uma multiplicidade de opiniões.
Mas o jornalismo colaborativo não é unanimidade. Alguns profissionais do ramo afirmam que falta qualidade ao conteúdo publicado pelo público. Porém, a participação de novos atores sociais na comunicação garante pluralidade de idéias, acabando de certa maneira com a supremacia de alguns poucos formadores de opinião. Então, vamos lá, mãos à obra!!!
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O óbvio da cobertura esportiva
domingo, 15 de junho de 2008
O DNA da imprensa brasileira
O livro "1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil", do jornalista Laurentino Gomes, traz um trecho revelador quanto às origens de nossa imprensa:Ao examinarmos o passado, chegamos a conclusão que muitos de nossos problemas só se agravaram, para alegria de quem está no poder.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Tabu ou bom senso?
Se existe um assunto que é garantia de polêmica na mídia, este é a homossexualidade. A revista semanal Época, da editora Globo, vetou a imagem de um beijo gay entre dois militares na capa de sua última edição. A publicação contou a história dos sargentos do Exército Laci Marinho de Araújo e Fernando de Alcântara de Figueiredo, que assumiram ser homossexuais, causando grande repercussão na sociedade brasileira, principalmente nas Forças Armadas. Mas para não criar uma "saia-justa" com os leitores, os editores da revista resolveram optar por uma foto mais discreta dos parceiros.Essa mesma polêmica foi levantada recentemente na novela Duas Caras, da Rede Globo, em que os personagens Bernardinho (Thiago Mendonça) e Carlão (Lugui Palhares) se beijariam depois de formalizarem sua união civil. Mas a emissora proibiu a cena de ir o ar, contrariando o autor do folhetim, Aguinaldo Silva, gay assumido.
Esses casos devem ser analisados com cuidado. Primeiro, seria preciptado acusar a Rede Globo de conservadorismo, afinal, todas as novelas das oito têm gays na história. No entanto, a emissora nunca correria o risco de exibir algo que pudesse afastar seus anunciantes, como a cena de um beijo entre pessoas do mesmo sexo no horário nobre. A ojeriza do público significa perda de receita para qualquer empresa de entretenimento.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
A cruzada contra o tabagismo

As novas imagens contidas nas advertências dos maços de cigarros são chocantes. A propaganda negativa inclui fotos de corpos mutilados, pessoas sofrendo e até um feto morto. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), responsável pelo Programa de Controle do Tabagismo, essa nova ação pretende evitar a experimentação do produto, principalmente por adolescentes e crianças.
Além dessas ilustrações, as embalagens dos cigarros também informarão os teores de nicotina, alcatrão e monóxido de carbono e o telefone do Disque Saúde (0800-61-1997), um serviço de orientação à população que deseja parar de fumar.
Os números justificam a iniciativa contra o cigarro. Só para ter uma idéia, conforme informações do Ministério da Saúde, o total de mortes devido ao uso do tabaco atingiu a cifra de 4,9 milhões de mortes anuais no mundo, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia.
Muitos podem até alegar que os fumantes não se sensibilizarão com essas imagens aterrorizantes, mas é inegável que essa nova ofensiva do governo provocará grandes questionamentos em potenciais consumidores de cigarro, como os mais jovens.
Leia mais sobre o combate ao tabagismo no link abaixo:
segunda-feira, 26 de maio de 2008
A arte "subversiva" do Teatro Mágico
Fãs enlouquecidos. Músicas cantadas em uníssono. Discursos politicamente engajados. Uma atmosfera envolvente. Música, teatro, circo e poesia num grande sarau. Essa é a fórmula do sucesso do Teatro Mágico que fez show em Santos no último dia 24, dando uma prévia do que será o segundo albúm. O grande desafio do grupo é continuar fazendo arte alternativa e independente, sem sucumbir ao assédio da indústria do entretenimento.Texto na íntegra:
http://www.artefatocultural.com.br/portal/index.php?secao=colunistas_completa&subsecao=
20&id_noticia=169&colunista=Michel%20Carvalho
domingo, 18 de maio de 2008
A cor da mídia

- Segundo pesquisa do IBOPE com o Instituto Ethos, realizado em 2007, apenas 3,5% dos cargos de chefia são de negros. Ainda de acordo com o estudo, o índice de negras executivas não passa de 0,5%;
- Salário de brancos e negros deve se igualar somente daqui a 32 anos, diz pesquisa do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada);
- De acordo com o Dieese, negros ganham, em média, 50 % menos do que demais trabalhadores;
- 70% da população miserável do país é negra;
- A taxa de analfabetismo entre a população negra de 15 anos de idade ou mais é o dobro em relação às pessoas brancas.
Esses são apenas alguns números da estrutura excludente baseada na cor da pele perpetuada no Brasil. Será que essa realidade discriminatória não é reproduzida também pelos meios de comunicação? Sendo 49,5% da população brasileira, os negros não deveriam ocupar mais espaço na mídia? Após 120 anos da abolição da escravatura no país, porque a questão da igualdade racial não é aprofundada pela imprensa? Por que a maioria dos comunicadores e dos formadores de opinião pública é branca?
É preciso tocar nas feridas para cicatrizá-las...
sábado, 10 de maio de 2008
Uma mídia cega e burra
Qual dos fatos abaixo mereceria um destaque maior na mídia?
1. A polêmica envolvendo o jogador Ronaldo Fenômeno e as três travestis;
2. A prisão preventiva do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusado de assassinar a pequena Isabella;
A maioria dos meios de comunicação optou pelo sensacionalismo, destacando o primeiro fato. Um escândalo envolvendo um dos jogadores de futebol mais conhecidos do mundo garante assunto para muitos dias. A semana começou com uma entrevista exclusiva concedida à jornalista Patrícia Poeta em que Ronaldo jurou ser um homem de bem. A orientação sexual do Fenômeno passou a ser tema em mesas-redondas, humorísticos e programas de fofocas. As travestis acabaram prestando um novo depoimento, inocentando o jogador que parece contar com a simpatia de boa parte da mídia brasileira. Apesar da curiosidade que provoca, essa polêmica, em termos de interesse público, é absolutamente insignificante.
terça-feira, 6 de maio de 2008
Censura ou Regulamentação?
A propaganda de bebida alcoólica incentiva o consumo em crianças e adolescentes? O movimento Aliança Cidadã pelo Controle do Álcool acha que sim. O grupo lançou uma campanha que apóia a limitação da propaganda de bebidas alcoólicas ao horário entre às 6h e 21 horas. A iniciativa é encabeçada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Uniad - Unifesp). Na contramão, a Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) está veiculando um anúncio que inocenta a publicidade de cerveja e ainda acusa a restrição de censura. A ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) também lançou uma campanha que defende a propaganda responsável e a liberdade da comunicação.
Os fabricantes de bebidas já ganharam um round. A medida provisória nº 415/08, que proibia a venda de bebidas alcoólicas nos bares e restaurantes à beira de estradas federais, foi modificada e agora permite a comercialização no perímetro urbano, mantendo a proibição apenas na zona rural.
Coincidência ou não, o fato é que a proibição da propaganda de cigarro foi um dos motivos apontados pelos especialistas para a diminuição do número de fumantes no Brasil. No caso do álcool, a regulamentação vai garantir, no mínimo, que crianças e adolescentes não fiquem expostos aos persuasivos comerciais de cerveja. Ou alguém duvida do poder de convencimento do "brahmeiro" Zeca Pagodinho?
terça-feira, 29 de abril de 2008
"Q" de qualidade...Será?
Recentemente foi divulgado o 14º Ranking da Baixaria na TV. Novamente o campeão de denúncias foi o Big Brother Brasil da Rede Globo. Ironicamente, no momento em que a emissora do "plim-plim" veicula uma propaganda exaltando a sua tal "QUALIDADE", os programas que encabeçam a lista são justamente os da sua grade.Entre as reclamações recebidas pela campanha Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania, estão a exibição de diversas cenas de discriminação, o apelo sexual, a violência, o vocabulário inadequado para o horário, a exposição de pessoas ao ridículo, além da vulgarização das relações humanas.
Os detalhes dos pareceres de cada programa da lista estão disponíveis no site:
http://www.eticanatv.org.br/index.php?sec=2&cat=6&pg=2
E vocês concordam com o ranking? Ficou algum programa de fora?
sexta-feira, 25 de abril de 2008
PODER, SEXO E MUITA COMIDA
Estômago, filme do diretor Marcos Jorge, mostra a estreita relação entre poder e comida. Raimundo Nonato, vivido de maneira espetacular pelo ator João Miguel, é um nordestino que chega na cidade grande à procura de uma vida melhor e acaba se tornando um especialista na arte de cozinhar.O longa consegue prender a atenção do público que acompanha paralelamente duas passagens da vida de Nonato, o antes e o depois de ir para a cadeia. E o grande mistério da história é este: o que fez o humilde e ingênuo retirante para ser preso?
Poético, enigmático e bem-humorado, o premiado filme de Marcos Jorge ressalta que hierarquia existe em todos os setores da sociedade, inclusive na cadeia. Lá, Nonato descobre que dormir no lugar mais alto do beliche significa muito mais do que aparenta.
Estômago é daqueles longas que a gente tem certeza que se fosse hollywoodiano seria campeão de bilheteria, mas é uma co-produção brasileiro-italiana, sendo assim, se alcançar 100 mil de público já será considerado um sucesso. Para finalizar, uma coisa é certa, ou esse filme lhe abrirá o apetite ou lhe dará uma tremenda incongestão.



