domingo, 28 de dezembro de 2008

Top 10 Cinema Nacional

Fim de ano combina com as famosas listas dos melhores e piores de 2008. A seguir, o ranking do cinema brasileiro, segundo este apreciador de filmes nacionais:

1- Estômago
2- Linha de Passe
3- Nome Próprio
4- Ensaio sobre a Cegueira
5- Chega de Saudade
6- O Signo da Cidade
7- Vingança
8- Meu nome não é Jhonny
9- Última Parada 174
10- Feliz Natal

Concorda? Algum filme ficou de fora? Então, deixe seu comentário!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A "imparcialidade" da Veja

Quatro meses e mais de uma centena de depoimentos depois, o inquérito da PF que apura o grampo ilegal de conversas do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, chega ao fim do ano sem provas de autoria nem vestígios do áudio cuja transcrição divulgada pela revista ''Veja'' resultou no afastamento do diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Lacerda.

O inquérito está nas mãos da Justiça, que analisa o pedido de prorrogação feito pelos delegados Rômulo Berredo e William Morad. A tendência é que a investigação ganhe sobrevida de 30 dias, mas, ainda assim, na PF poucos acreditam que ela chegue aos culpados.

A dificuldade de se comprovar a existência do áudio coloca em dúvida a veracidade da informação divulgada pela revista Veja. A revista, escorada na desculpa do ''sugilo da fonte'', recusa-se a dizer onde e através de quem conseguiu a suposta gravação. Também nega-se a fornecer o original que recebeu.

Diante de tanta relutância, não será surpresa se a investigação da PF concluir que a revista forjou a matéria e mentiu com objetivos inconfessáveis. Não seria a primeira vez que a revista da família Civita seria flagrada mentindo aos seus leitores. Reportagens como a dos dólares cubanos engarrafados e a suposta ajuda do PT às Farc são apenas dois dos casos conhecidos em que a revista usou informações sabidamente falsas para tentar criar fatos políticos.

No caso do suposto grampo no STF, não faltam motivos para a Veja fabricar a matéria. Basta lembrar que foi o ministro Gilmar Mendes quem concedeu, por duas vezes e em prazo recorde, habeas corpus que mantiveram o banqueiro Daniel Dantas longe das grades. O mesmo Daniel Dantas é acusado de subornar jornalistas da grande imprensa para que atuassem a seu favor. Um dos colaboradores da revista Veja, Diogo Mainardi, é apontado como um dos porta-vozes dos interesses de Daniel Dantas na mídia.

Informações do site Vermelho

sábado, 20 de dezembro de 2008

Barrigas do ano

No jargão jornalístico, "barriga" significa a publicação de uma notícia falsa ou imprecisa. Ao longo de 2008, a mídia brasileira cometeu alguns erros memoráveis nesse quesito. Veja alguns:

Febre amarela
Durante a cobertura sobre a epidemia de febre amarela no começo do ano, a imprensa supervalorizou dados da doença e incentivou a vacinação de toda população, contrariando especialistas que recomendavam o procedimento somente para pessoas que viajassem para áreas de risco. A desinformação causou filas enormes nos postos de saúde. O episódio ainda teve uma vítima fatal, uma mulher que morreu após ser vacinada desnecessariamente.

Caso Eloá
Alguns veículos de comunicação divulgaram precipitadamente a morte da garota Eloá que foi mantida em cativeiro por seu ex-namorado na cidade de Santo André (SP). A adolescente só viria a morrer horas depois da divulgação. Além disso, a mídia num primeiro momento "comprou" a versão oficial da polícia de que a invasão ao apartamento só ocorreu após disparos de Lindemberg, idéia negada por Nayara que também ficou na mira do criminoso durante o sequestro.

Crise econômica
A imprensa brasileira divulgou que 2008 seria marcado como o ano da "lembrancinha" como efeito da crise econômica global. Pessimistas, jornais chegaram a falar em recessão, pátios lotados e demissão em massa. No entanto, os números surpreenderam, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 6,8% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, além disso, as vendas no comércio batem recordes, frustrando muitos analistas que apostavam na inibição do consumo.
***
O fetiche da velocidade, o sensacionalismo ou até mesmo os interesses políticos e empresariais de alguns veículos de comunicação ajudam a explicar essas e outras barrigas da mídia brasileira.
A sociedade espera que os profissionais da comunicação tenham maior rigor na divulgação de uma notícia, na análise de um cenário e nas especulações quanto ao futuro. Como formadores de opinião, os jornalistas precisam fazer uma autocrítica, avaliando o efeito daquilo que publicam na vida das pessoas. Que 2009 seja um ano menos "barrigudo" em relação ao trabalho da imprensa.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um filme com a marca do diretor

A grande e única ironia de Feliz Natal, filme de estréia de Selton Mello, é seu título. No longa de estréia do ator e agora diretor sobra melancolia. Um drama familiar que mostra que o passado pode deixar feridas difíceis de serem cicatrizadas. A história que num primeiro momento parece uma crítica à superficialidade das comemorações de final de ano, se revela um ensaio sobre os conflitos das relações humanas.

Clique aqui para conferir na íntegra

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Programação infantil é precária nas TVs abertas

Brasil despreza leis para conteúdo infantil na TV

Laura Mattos

As emissoras abertas brasileiras investem cada vez menos na programação infantil, que tem se concentrado nos canais pagos, restritos às classes econômicas mais privilegiadas. No Brasil, investir ou não nesse tipo de conteúdo é uma decisão das redes, uma vez que não há nenhuma lei para regulamentar faixas da programação dirigidas às crianças.

Essa é uma das lacunas da legislação brasileira na proteção da infância e adolescência, de acordo com um estudo realizado pela Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância).O levantamento foi apresentado hoje pelo secretário executivo da instituição, Veet Vivarta, no Fórum Global para Desenvolvimento da Mídia, na Grécia

Por um ano, a Andi mapeou, em 14 países da América Latina, leis e projetos de lei que abordam a relação entre os meios de comunicação e o direito de crianças e adolescentes. Em seguida, comparou com a legislação da Suécia, considerada modelo mundial nessa área, com um sistema regulatório implementado há quase cem anos. Concluiu que, apesar de o continente não viver um "vazio regulatório", não há nada "tão coeso" como na Suécia, principalmente por serem raros na América Latina órgãos reguladores independentes.

No Brasil, além da programação infantil, não há leis que regulamentem o trabalho de menores em meios de comunicação -só a Argentina possui esse tipo de norma. Também não está contemplada na legislação brasileira a publicidade dirigida à criança, como acontece no México e no Paraguai.

O estudo constatou não existir, em nenhum dos 14 países, cotas para exibição de desenhos animados nacionais nem para a garantia de veiculação de produções regionais.

O Brasil se destaca na classificação indicativa dos programas. Recém-implementada, é considerada "a mais completa". Em comum entre os países há o fato de a TV ser o principal meio de informação e de emissoras públicas e educativas serem pouco representativas.

sábado, 6 de dezembro de 2008

A mídia e os direitos humanos

No próximo dia 10, comemoram-se 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, instituída pela ONU, em 1948, entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria. Muitos avanços foram alcançados ao longo desse tempo, mas ainda hoje a humanidade convive com trabalho infantil, opressão, intolerância religiosa, perseguição à minorias, racismo, fome, tortura, genocídios, entre outros atentados contra a dignidade e a paz.

Diante dessa realidade, o que a mídia vem fazendo para a defesa e promoção dos direitos humanos?

Muitas vezes, é disseminada nos meios de comunicação a idéia de que os direitos humanos só servem para proteger bandido. No entanto, eles existem justamente para assegurar a igualdade e a justiça entre as pessoas, independente de raça, credo, escolaridade ou conta bancária. Ter acesso à educação, assistência social, saúde, moradia, emprego e cultura é um direito de todos que o Estado não pode negligenciar a ninguém.

A imprensa deve denunciar qualquer tipo de violação dos direitos humanos, exigindo que o poder público faça cumprir a Declaração Universal. Por outro lado, a mídia, como espelho da sociedade, precisa oferecer uma programação que não agrida a dignidade humana. Não adianta mostrar o trabalho escravo durante o Jornal Nacional e promover o preconceito religioso na novela das oito.