segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Os melhores de 2009 - Cinema estrangeiro

1. Bastardos Inglórios: Tarantino brinca com a história mundial e consegue hipnotizar o público com sarcasmo, violência e atuações brilhantes.

2. Entre os Muros da Escola: O clima tenso em sala de aula é sustentado por um elenco entrosado. Um filme obrigatório

3. A Partida: Este filme me fez refletir sobre a brevidade da vida. Emocionante, trata-se de uma obra-prima do cinema japonês

4. Gran Torino: Clint Eastwood é um mestre. No filme, ele arrasa como o vizinho carrancudo que acaba ficando amigo do jovem que tentou roubá-lo

5. Quem quer ser milionário: Mereceu o Oscar de Melhor Filme. Vibrante e com uma boa história, faz o público torcer pelo jovem Jamal

6. A Teta Assustada: Uma história delicada que mergulha nas crenças dos povos peruanos. Destaque para a atuação da protagonista

7. A Dúvida: E a pergunta fica no ar: O padre abusou ou não do menino? Meryl Streep irrita de tão bem que está no papel

8. A Garota Ideal: Fiquei surpreso com este filme. Não esperava muito, mas o amor entre o rapaz tímido e a boneca inflável cativa o público

9. A Onda: Trata-se de um filme-tese que aborda a idéia da ideologia. Depois de Adeus Lênin, é o melhor filme alemão dos últimos tempos

10. 500 dias com ela: Despretensioso, é a melhor comédia romântica do ano. Gostei muito da narrativa do filme.

Discordam??? Opinem.....Estou preparando outras listas....Aguardem!!!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Lula e o respeito mundial



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se consolidou como um dos principais líderes do mundo em 2009. Esta semana, ele foi escolhido o "homem do ano" pelo jornal francês Le Monde. Segundo a publicação, Lula representa o renascimento de um gigante.

O jornal francês lembra que Lula foi o primeiro presidente da América Latina recebido por Barack Obama na Casa Branca. O veículo ainda ressalta que o Brasil é considerado o líder do G20, além de aspirante a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU e primeiro sócio comercial da China.

Lula já tinha sido escolhido personagem do ano pelo jornal espanhol El País e qualificado em artigo escrito feito pelo líder do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, como "homem honesto, íntegro, voluntarioso e admirável". Ele ainda aponta que "Lula está sabendo, sobretudo, enfrentar, com determinação e eficácia, os desafios da desigualdade, da pobreza e da violência, que tanto lastreou a história recente do país".

Em Copenhague, durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, Lula se destacou ao cobrar mais compromisso dos países mais ricos com as metas de redução de gases. O presidente brasileiro também teve papel fundamental na conquista do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Se a imprensa estrangeira exalta a liderança do presidente brasileiro, os articulistas tupiniquins relativizam seu peso político, afirmando que não passa de uma pretensão megalomaníaca do ex-sindicalista. No entanto, se Lula não é o “cara” que apregoam por aí, também não pode ser subestimado. Com a popularidade nas alturas e o prestígio internacional alcançado, o petista já escreveu seu nome na história mundial, queiram ou não.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A grande imprensa e a cruzada contra a Confecom

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que vai até quinta em Brasília, está sendo bombardeada pela imprensa em geral. Uma das propostas mais questionadas é o controle social da mídia, acusada por entidades empresariais do setor como uma forma de censura, cerceando a liberdade de expressão e o direito à informação, previstos na Constituição.

A Confecom ainda é acusada de querer recriar cabides estatais de emprego, como a Embrafilme e de atender reivindicações corporativistas, como a volta das delegacias regionais do Ministério das Comunicações. As despesas com o evento também são criticadas. São 1.539 delegados, todos hospedados na rede hoteleira da capital, custeados pelo poder público.

A imprensa considera que a representatividade da Confecom ficou comprometida pela ausência de oito entidades empresariais, como a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e a ANJ (Associação Nacional de Jornais). Só restaram a ABRA, que inclui Bandeirantes e Rede TV, e as empresas de telefonias.

No entanto, os movimentos sociais e as entidades que lutam pela democratização dos meios sabem que o setor empresarial não quer discutir a política nacional de comunicação. A cobertura tendenciosa da Confecom demonstra o temor dos conglomerados.

Imagine uma Rede Globo tendo sua concessão questionada porque não ofereceu uma programação que privilegiasse conteúdos educativos e culturais ou porque não respeitou diversidade nem abriu espaço à produção regional. Isso só seria possível se fossem criados conselhos de comunicação nos âmbitos municipal, estadual e federal para avaliarem se o que está sendo veiculado em espaço público não desrespeita o que está previsto em lei.

Essa história que o único controle social da mídia que deve existir é o remoto não passa de uma falácia. A maioria da população brasileira ainda tem a TV aberta como a principal fonte de informação. Trocar de canal não significa nada, o que precisa ser mudado é o modelo de televisão existente no país. Não se pode tolerar que muitas emissoras de rádio e televisão estejam nas mãos de políticos. Para fortalecer a democracia, é preciso investir na comunicação universitária e comunitária.

Existem outras demandas urgentes na área da comunicação, talvez a Confecon não consiga avançar em todas elas, mas discutir o direito à informação no Brasil já pode ser considerado um marco histórico. E a internet, como um privilegiado espaço democrático, é o único meio de se atualizar realmente sobre o que vem sendo debatido em Brasília.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Romance sem drama nem clímax

É possível abordar temas tão polêmicos como incesto e homossexualismo de maneira singela e livre de conflitos? Do começo ao fim, do diretor Aluizio Abranches (Um copo de Cólera As Três Marias) se esforça, mas acaba se transformando num conto de fadas, perfeito e clean demais como um comercial de creme dental.


Filhos de pais diferentes, os irmãos Francisco (Rafael Cardoso) e Thomas (João Gabriel Vasconcelos) têm uma relação muito forte desde a infância. Thomas nasce cego e permanece assim durante várias semanas até um dia, sem mais nem menos, abre os olhos e a primeira pessoa que vê é seu irmão mais velho.


Aos poucos, a amizade natural entre irmãos se transforma num amor incondicional. A mãe dos meninos, Julieta (Julia Lemmertz) observa tudo atentamente, ora com ternura, ora com estranhamento. Ela não sabe o que está acontecendo direito com Thomas e Francisco, por isso, prefere deixar as coisas acontecerem naturalmente, evitando qualquer tipo de questionamento.


A transição para fase adulta dos rapazes é marcada por uma grande perda. A partir daí, eles começam a morar sozinhos e viver como namorados apaixonados, com direito até a aliança de compromisso. A história então mergulha num mundo irreal em que todos aprovam a incestuosa relação, inclusive o pai de Thomas, vivido por Fábio Assunção.


Numa das passagens do filme, Thomas afirma que para compreender o amor dele com o irmão seria preciso virar o mundo de ponta a cabeça. É neste ponto que o roteiro apresenta grandes fragilidades. Numa sociedade moralista como a brasileira, é difícil imaginar que ninguém reprove o relacionamento entre irmãos do mesmo sexo.


Cercado de polêmica, o trailer do filme se tornou hit na internet bem antes da estréia nos cinemas, gerando muitas expectativas. Mas Do começo ao fim frustra por trilhar um caminho sem pedras, numa história até ousada, mas sem emoção, que não cativa o público. O destaque são as atuações dos atores mirins, Lucas Cotrim e Gabriel Kaufmman, que vivem Francisco e Thomas, respectivamente.