O longa narra a trajetória do médico argentino que se transformou em dos líderes da Revolução Cubana. Tudo começa no México em 1955 com o encontro entre Che e Fidel que planejam derrubar o corrupto Fulgêncio Batista do poder. Paralelamente, o filme mostra a visita do guerrilheiro à ONU (Organização das Nações Unidas) em 1964 na condição de Ministro de Estado.
Dono de uma retórica única e um grande estrategista, Che conquista a admiração dos cubanos na luta contra as tropas do governo, representando a esperança de uma América socialista. A história acompanha o mito até a vitória do grupo em janeiro de 1959. Como se trata de um projeto duplo, o longa de Soderbergh terá sequência, Che – A Guerrilha, previsto para ser lançado ainda este ano no Brasil.
Outros mitos da história tiveram mais sorte no cinema, como Gandhi, retratado em 1982 num belo filme, vencedor de oito Oscars do diretor Richard Attenborough. Quem esperava um épico repleto de frases de efeito vai se decepcionar. Fora uma ou outra fala contra o imperalismo americano, Che – O Argentino parece mais preocupado em ser fiel à história, como se fosse um documentário, sem o brilho da ficção, nem a alma do herói.