Estamos constrangidos com a maneira preguiçosa e irresponsável como a imprensa e a televisão têm feito seu trabalho, limitando-se a vender o espetáculo originário de uma cobertura superficial e pautada no senso comum. Entendemos as comunicações e as artes como agentes essenciais na conscientização e na transformação da sociedade. Para isso, o jornalismo não pode ser um mero reprodutor de discursos circulantes, mas sim um instigador de debates e inquietações.
Aquilo a que assistimos recentemente foi uma reprodução incansável de estereótipos, que só serviram para manipular a opinião pública contra as lutas que são primordiais dentro do campus. Como estudantes de universidade pública, é também nosso papel questionar a maneira como a mídia trata os movimentos sociais, principalmente como ela tem tratado o movimento estudantil. Buscar entender as raízes do problema exige apuração minuciosa, princípio básico do jornalismo. Posições existem, mas elas não podem ocultar ou distorcer fatos.
O nome do que está sendo praticado é anti-jornalismo. A sociedade não financia a nossa formação para sermos profissionais como esses.
* O signatário deste blog apoia a moção
2 comentários:
Michel, apoio extremamente a ideia de instigar debates e inquietações. Sendo assim, encarando o assunto de formas contrastantes, vou colar um link de um texto que eu gostei, com o viés da "opinião midiática". Gostaria que você me passasse algum texto, que você tenha gostado, que refletisse o outro lado.
http://papodehomem.com.br/8-mentiras-que-voce-anda-lendo-sobre-a-pm-na-usp/
Já tinha lido esse texto, que, em alguns pontos, até concordo...Mas há também muita desinformação...Uma coisa é escrever sobre esses acontecimentos da USP do escritório na Paulista, outra coisa é estar lá dentro, vivenciando in loco o desdobrar do fatos. Ficar só com a caricatura feita pela mídia só inviabiliza a questão, que precisa ser melhor debatida.
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